Retrospectiva Luis Carlos Barreto e bate-papo com craques do Santos agitam público do 10° Santos Film Fest

Ex-jogadores do Santos Futebol Clube participaram de conversa nostálgica; e Escola Estadual Olga Cury contou com programação especial

O público do 10° Santos Film Fest não se deixou intimidar pelo tempo chuvoso. Nesta terça-feira (25), o evento ocorreu na Escola Estadual Olga Cury e no Cine Arte Posto 4 que incluiu um bate-papo com ex-jogadores do Santos Futebol Clube.

A tarde dos estudantes foi diferente do habitual, pois o festival trouxe uma programação completa de audiovisual. Com telão, projetor, aparelho de som e distribuição de pipoca e refrigerante, o festival proporcionou acesso ao audiovisual a aproximadamente 100 alunos, que assistiram aos filmes: ‘De dentro do quarto’, de Paula M. Urbinati; ‘Geração Alpha’, de Débora Resendes e Iuri Moreno; ‘Turma da Mônica Toy’ e mais um filme surpresa.

No cinema à beira-mar, o Cine Arte Posto 4, aconteceu a Retrospectiva Luis Carlos Barreto, com três filmografias relevantes para o cinema brasileiro. Luis pertence a uma família envolvida na sétima arte há muito tempo, a família Barreto.

A sala ficou lotada na primeira sessão para ouvir a palestra de Waldemar Lopes, crítico de cinema, que falou sobre um dos clássicos brasileiros. Waldemar contou “Jorge Amado tinha essa grandeza como autor, de vender suas obras e deixar as pessoas adaptarem conforme queriam, ele não interferia. Foi assim que Luis Carlos Barreto comprou os direitos de ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos'”.

Após o filme, Simone Vaz Simões, expectadora presente na sessão, compartilhou sua opinião disse sobre a conversa e o filme “Foi incrível!”.

Em seguida, Manoel Maria, um dos craques que já passaram pelo Santos Futebol Clube, participou do bate-papo antes da exibição do filme ‘Isto é Pelé’, de L.C. Barreto. “Eu sofri um acidente que acabou com a minha carreira. Tentei voltar, mas não consegui. O importante é que eu fui além de um sonho. Eu nunca sonhei com o Santos, sonhava com um time menor e me vi jogando no maior time do mundo. Foi algo maravilhoso”.

Ex-jogador do Santos Futebol Clube, Manoel Maria em bate-papo no Cine Arte Posto 4 – Foto: Nice Gonçalvez

Eduardo Silva, jornalista e ex-diretor da TV Tribuna, compartilhou “Era o tempo de ouro do futebol brasileiro. É bem diferente de hoje, o mundo mudou e o futebol também. O futebol dos anos 60 e 70, marcado por Manoel Maria, Lima, Mengálvio, Pepe e Pelé, foi algo para a vida inteira. Esses caras fizeram o Brasil ser reconhecido pelo bom futebol, e isso é eterno”.

André Azenha, produtor do festival, e Eduardo Silva – Foto: Nice Gonçalvez

Lima relatou que seu início de carreira, “Eu tinha dezessete anos, quando eu vim pra cá, era do Atlético Juventus. Como eu ia pensar em ir para um clube que já estava quase disputando a Libertadores, e que depois de tantos anos, falar do Santos Futebol Clube no Santos Film Fest”. Ele ainda manda um recado para a platéia, “Acreditem no que vocês querem fazer, pois as oportunidades aparecem”.

André Azenha e Lima, ex-jogador do Santos Futebol Clube – Foto: Nice Gonçalvez

Entre os presentes que puderam se divertir com o longa, estava Sidney Verde, conselheiro da administração da autoridade portuária de Santos, que ao sair da sessão, “O Pelé é eterno, eu vi ele quando era mais novo, e ver ele hoje, volta um filme no passado, ver aqueles passes, aqueles gols”.

A última sessão do dia exibiu “Barretão” de Marcelo Santiago, que estava presente e recebeu homenagem à família Barreto. Patrícia Legeard, coordenadora e mantenedora da Cinemateca de Santos, foi quem entregou o troféu especial para Santiago, que logo após teve um roda de conversa mediada por Waldemar Lopes.

André Azenha e Waldemar Lopes em conversa após exibição do filme “Barretão” – Foto: Nice Gonçalvez

Ao dizer sobre o caminho do documentário, Santiago relembra sobre Eduardo Coutinho, documentarista brasileiro de grande renome: “Quem me inspirou a fazer o documentário foi o Coutinho, ele tinha uma simplicidade e liberdade nos seus filmes. O cinema surgiu na minha vida por acaso, trabalhei com teatro, e depois de me mudar pro Rio de Janeiro, descobrir a escola de cinema, queria fazer alguma faculdade, prestei o vestibular e conseguir passar”, diz Santiago.

Marcelo Santiago recebe o troféu das mãos de Patrícia Legeard – Foto: Nice Gonçalvez

O 10º Santos Film Fest: Festival de Cinema de Santos é realizado com o apoio da Lei Paulo Gustavo, do edital do Estado de São Paulo e de emendas parlamentares de vereadores de Santos, com o suporte da Secretaria Municipal de Cultura de Santos. A produção é do Instituto Cinezen Cultural, com apoio institucional da Universidade Católica de Santos, apoio cultural do Sesc Santos, e apoios de Padaria Nova Princesa, Restaurantes Beduíno e Cantina Di Lucca, Rizzieri Eventos, Paris Filmes e Maurício de Sousa Produções. A direção fica a cargo dos produtores André Azenha e Paula Azenha.

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