Domingo no 10° Santos Film Fest conta com bazar de mídia física, filmes com trilha sonora ao vivo e muito bate papo

Bazar da 7° Arte encantou cinéfilos, apreciadores e colecionadores de mídia física

O produtor do festival, André Azenha, na exibição do filme “Tempos Modernos” na Concha Acústica de Santos – Foto: Nice Gonçalvez

No Sesc Santos, localizado no bairro da Aparecida, durante o domingo ocorreu o bazar de mídia física, realizado em parceria com o Bazar da 7° Arte, “O Bazar da 7º arte estar aqui no festival é muito importante, está atrelado ao cinema, as novidades cinematográficas que vem sendo lançadas no Brasil, muito bom saber que o festival acontece em vários locais da cidade”, comenta William Busa, realizador do Bazar.

Público conferindo as peças do Bazar – Foto: Alex Bruno

Enquanto ocorria o bazar, houve um bate-papo com José Luis do canal VHS Memórias, com mediação de William Busa, que contou sobre aspectos da cultura pop material dos anos 80, 90 e 2000 e como estes anos influenciam a atual era digital. José Luis comentou também sobre seu Livro “Memórias Analógicas” e seus conteúdos com o canal, onde ele mostra seu trabalho com restauração e preservação de mídias analógicas.

Bate-papo com José Luiz e William Busa

Com programação no Sesc Santos, a mostra nacional conta em sua exibição, um curta e um longa metragem em seguida. Na sessão de 15h, o curta metragem escolhido foi “Uma Irmã Mais Velha” de Drica Mendes e o longa “Partido” de César Charlone, Sebastián Bednarik e Joaquim Castro. O público que assistia à mostra nacional pode deixar sua nota ao final do filme. Fabrício de Lima, cineasta, comenta sobre o festival “Essa edição é histórica, ser finalista do Prêmio Governador do Estado de São Paulo, isso mostra a relevância e o poder que o Santos Film Fest tem na região e no estado também”.

Na sessão de 17h, o público pode se entreter com o curta “Viventes” de Fabrício Basílio, realizado na cidade de Niterói/RJ, que antecedeu o longa “Praia da Saudade” de Sinai Sganzerla, feito na capital paulista..

Ao mesmo momento que o público se divertia no Sesc Santos, a Concha Acústica exibia o famoso filme do Charlie Chaplin, “Tempos Modernos” de 1936, um clássico cinematográfico que o público pode desfrutar do Projeto Paisagens Sonoras com Jota Amaral, Marcozzi e Maurão, fruto da parceria com o Festival de Cinema de Santos, que tocou a trilha sonora ao vivo. O festival ofertou para a plateia da Concha que ficou lotada, pipoca e refrigerante a vontade de forma gratuita.

Exibição do filme “Tempos Modernos” com plateia cheia na Concha Acústica de Santos – Foto: Nice Gonçalvez

O Cine Arte Posto 4 foi palco da Mostra Humanidades, destacando-se com uma programação diversificada. Às 16h, Waldemar Lopes interagiu com o público sobre o filme “Mary Poppins” (1964), dirigido por Robert Stevenson.

Waldemar Lopes em bate-papo com o público sobre os 60 anos de “Mary Poppins” – Foto: Nice Gonçalvez

Lopes compartilhou curiosidades, como o fato de que a autora vendeu os direitos autorais devido a dificuldades financeiras, e contou como Julie Andrews foi sozinha aos Estados Unidos no final dos anos 50 para estrelar o musical “Boyfriend”, que se tornou um grande sucesso.

Após a exibição, Waldemar comentou “Terminamos a sessão em homenagem aos 60 anos de Mary Poppins, um clássico musical. Foi uma alegria estar aqui, sessão lotada, dando prosseguimento ao Santos Film Fest, foi inesquecível. Vim a caráter para homenagear esse grande clássico da Disney, vencedor de cinco Oscars”.

Milene e Daniela, de Taboão da Serra, também expressaram a importância de festivais como o Santos Film Fest. “Estar aqui para prestigiar minha atriz favorita é uma oportunidade que eu amei, eu amo cinema clássico”, disse Milene.

“Eu gosto muito de musicais e da Broadway, sou atriz e meu sonho é ir para lá. Filmes clássicos como ‘Noviça Rebelde’ e ‘Harry Potter’ me motivam cada vez mais a fazer o que amo. Acho muito significativo que ainda existam festivais que valorizem filmes antigos”, concluiu Daniela.

Logo depois, foi exibido o documentário ‘Patrícia Acioli, Juíza do Povo’, de Humberto Nascimento. A transição de um filme de fantasia para um que retrata a realidade de um crime que chocou o país levantou reflexões sobre mudanças na política de segurança pública após o crime. Com imagens e depoimentos, o público foi provocado a pensar sobre diversas questões.

“Acabei de assistir ao filme sobre Patrícia Acioli. Acompanhei esse crime na época e soube que iria passar aqui. Realmente é uma narrativa que nos transporta para a história. Venho ao Santos Film Fest todo ano e acho que é um presente para a cidade”, comentou Daniel.

Às 21h, antes da exibição do filme ‘Mestre da Fumaça’, de André Sigwalt e Augusto Soares, houve um bate-papo mediado por André Azenha. Os diretores responderam a perguntas sobre a origem da ideia, a produção e a parceria com a Netflix.

“Quando tivemos a ideia, percebemos que era interessante juntar esse gênero de luta com o uso da cannabis. Pesquisamos bastante referências e a ideia foi realizar um filme de ação que furasse uma bolha”, disse Augusto.

“Conseguir entrar na Netflix levou um ano e meio. Ficamos atrás por meses, foi como trabalho de detetive”, comentou Augusto. “Estou muito feliz que deu certo, mas a estrutura é muito agressiva com os produtores”, completou André.

Sobre as cenas de luta, os diretores ressaltaram “Os atores tem um beat, todo filme tem um beat. E eles trabalhavam com um beat que não é muito utilizado hoje em dia, Inclusive atualmente o beat está mais na montagem do que nos golpes. Às vezes na montagem eles arrumam essa velocidade dos golpes e colocam o golpe num outro ângulo. Deixamos a luta num estilo mais livre, tendo menos cortes possíveis, ter uma câmera que pega a luta inteira”. Conclui os diretores.

O filme conta a história de dois irmãos condenados a pagar por uma maldição de três gerações. Para fugir disso, precisam dominar as artes marciais de seus ancestrais, ensinadas por um método não convencional.

O 10º Santos Film Fest: Festival de Cinema de Santos é realizado com o apoio da Lei Paulo Gustavo, do edital do Estado de São Paulo e de emendas parlamentares de vereadores de Santos, com o suporte da Secretaria Municipal de Cultura de Santos. A produção é do Instituto Cinezen Cultural, com apoio institucional da Universidade Católica de Santos, apoio cultural do Sesc Santos, e apoios de Padaria Nova Princesa, Restaurantes Beduíno e Cantina Di Lucca, Rizzieri Eventos, Paris Filmes e Maurício de Sousa Produções. A direção fica a cargo dos produtores André Azenha e Paula Azenha.

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